Alimentação fora de casa deve ser saudável para crianças

A correria do dia a dia pode atrapalhar o preparo das refeições. Por isso, muitos pais e responsáveis acabam oferecendo comidas feitas fora de casa para as crianças. Os motivos para não comer comida caseira são diversos e essa prática prejudica o crescimento infantil. Entenda mais sobre o assunto e confira as dicas que selecionamos para você manter a saúde do seu filho em dia, mesmo fora de casa.

A alimentação como aliada na prevenção de doenças na infância

Durante toda a vida de um ser humano, ele necessita de diversos nutrientes. Na infância não é diferente. Após os seis meses de idade, o bebê já não deve consumir apenas o leite materno. Assim, existe a necessidade de introduzir novos alimentos para ele, de forma gradativa.³

Tal prática se trata da alimentação complementar. Ela é definida como a oferta de outros alimentos e/ou líquidos à criança, somados ao leite materno. Ou, também, como qualquer alimento oferecido durante o período de alimentação complementar que não seja o leite materno. O Guia Alimentar para Crianças Menores de Dois Anos, elaborado pelo Ministério da Saúde, reforça a importância da alimentação complementar na segurança alimentar e, consequentemente, no desenvolvimento do país.³

É de conhecimento que a alimentação fora de casa têm aumentado mais em países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil. Com o crescimento da renda, a população ganha o poder de recorrer às comidas de rua mais vezes. Além disso, muitas famílias já não dispõem de tanto tempo, como antes, para preparar todas as refeições em casa. Então, mais dinheiro somado a menos tempo cria uma situação propícia para a alimentação fora do lar.¹ O desafio encontra-se em o que oferecer a crianças pequenas nesta situação.

A importância da qualidade nutricional da alimentação nesta faixa etária é indiscutível, porém quando se trata de segurança dos alimentos, outro tema que é preciso ficar atento é ao consumo de alimentos fora de casa. Já que nestas situações aumentam-se os riscos de contaminação por bactérias e vírus que podem impactar na saúde da criança.  

O que oferecer à criança fora de casa?

De fato, não devemos negligenciar a alimentação e saúde dos pequenos. Mas como oferecer alimentos saudáveis para eles, mesmo quando na rua? Confira abaixo algumas dicas que podem te ajudar nesse desafio, retiradas do Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 anos:

1. Você sabia que alimentos, como frutas, legumes crus e frutas secas, podem ficar em temperatura ambiente por algum tempo? Use isso a seu favor! Em passeios, festas e quando for às consultas com a equipe de saúde, continue ofertando estes alimentos para a criança. Mesmo o almoço e o jantar podem ser levados em recipientes térmicos.²
2. Fique de olho na alimentação do seu filho em outros ambientes: informe-se sobre os alimentos ofertados em creches e outros espaços de cuidado da criança. Converse a respeito da prática de uma alimentação adequada e saudável com as pessoas envolvidas nesse cuidado.² 
3. Evite o consumo de alimentos preparados e vendidos na rua, que não garantem manipulação e armazenamento correto.²  
4. A água é um alimento essencial: o acesso à água potável para beber e para produção de refeições é um direito humano. A água é fundamental para a hidratação da criança e não deve ser substituída por nenhum líquido, como chá, suco ou água de coco, muito menos refrigerante ou outras bebidas açucaradas.²
5. Prefira bebidas nutritivas e prontas para consumo e em embalagens cartonadas, que garantem a segurança do alimento para as crianças. Pois já vêm prontas, não sendo necessário adição de nenhum alimento, do qual, não sabemos a procedência e não precisam de refrigeração.²  

Agora é a sua vez de pôr em prática essas dicas. Passeios e momentos fora de casa são essenciais para seu filho ter uma vida equilibrada. E somados aos bons hábitos alimentares, melhor ainda!